terça-feira, 30 de abril de 2013



E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: ‘Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos’. E Eliseu lhe disse: ‘Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa’. E ela disse: ‘Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite’. Então disse ele: ‘Vai, pede emprestadas, de todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o azeite em todas aquelas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia’. Partiu, pois, dele, e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia. E sucedeu que, cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: ‘Traze-me ainda uma vasilha’. Porém ele lhe disse: ‘Não há mais vasilha alguma’. Então o azeite parou. Então veio ela, e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: ‘Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto’.” (2Rs 4.1-7)

 Nesta história bíblica podemos perceber todos os conflitos, angústias e apertos que as dívidas podem trazer para uma família. Separação, escravidão e grande temor.Vivemos no meio de uma sociedade consumista e vaidosa. Muitas dívidas são contraídas apenas por inveja, por causa do “status social”, por causa do impulso consumista estimulado pelas propagandas da mídia. Há constantemente propostas do tipo: “Compre agora e pague depois em suaves prestações mensais”; ou “Compre sem entrada e pague daqui a dois meses”. Depois da compra feita se descobre que a cobrança chega mais rápido que o salário e que as prestações não são tão suaves como falaram…O “marketing” de vendas tem a proposta de “encantar” o cliente e fazê-lo sonhar com seu produto e desejar possuí-lo. E as pessoas compram o que não precisam com o dinheiro que não têm. Usam cartões de crédito, cheque especial e empréstimos pessoais para adquirir bens não duráveis, que irão lhes custar tão caro…Uma pesquisa norte-americana divulgou dados afirmando que 56% dos divórcios nos EUA são resultantes de dívidas e pressões financeiras. Sabemos que as dívidas trazem acusações nas conversas entre os casais e muito atrito. Muitas decisões precipitadas, como, por exemplo, pegar empréstimos para pagar dívidas, acabam piorando a situação e trazendo desconforto nos relacionamentos. Geram irritação, impaciência, ira e descontrole emocional. E muitas doenças psicossomáticas vêm por causa de dívidas. Como ficar livre delas? 
 A dívida realmente escraviza, conforme o texto de Provérbios: “O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta.” (Pv 22.7). Nos ensinos de Moisés para o povo de Israel, a dívida se apresenta como maldição decorrente de desobediência (Dt 28.15; 43-44). Tiago adverte, em sua Carta, a respeito da presunção do coração do homem (Tg 4.13-15), quando este diz: “Atende agora, vós que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós  não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos mas faremos isso ou aquilo.” Quando o Senhor está no controle da vida do crente, o milagre do suprimento acontece. Devemos orar apresentando as nossas necessidades e permitir que Deus opere de forma maravilhosa. “Não andeis anciosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Fp 4.6).
 Ore, busque ao Senhor antes de fazer qualquer compromisso financeiro. Peça ao Senhor um aumento em seus rendimentos. Seja fiel em seus compromissos com a igreja (dízimos e ofertas). Espere a direção do Senhor quanto ao pagamento de suas dívidas.Faça um orçamento de suas despesas, relacionando os gastos todos (grandes e pequenos).Corte gastos supérfluos. Por algum tempo você terá que mudar radicalmente seu estilo de vida. Não pague dívida com dívida. Pague as dívidas menores primeiro e negocie com os credores o parcelamento de seus débitos maiores.Não faça mais dívidas. Livre-se de cartão de crédito e do cheque especial. Procure comprar somente à vista.Seja satisfeito com o que você já tem. Compre somente o que for realmente necessário. Faça uma separação entre o desejo e a necessidade.

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